Uma modesta proposta
Visto e considerando que:
- Os bons livros brasileiros são raros - embora não tanto quanto os bons discos brasileiros - pelas mesmas razões que são raros os bons músicos brasileiros, embora de forma muito menos severa.
- Mesmo sob regimes de isenção de alguns impostos, importar livros é caro, em parte por causa dos custos do frete, e em parte porque estes recebem um preço compatível com o bolso estrangeiro, geralmente melhor provido que o nosso.
- Traduzir é caro, os bons tradutores são menos raros que os bons músicos, mas ainda assim difíceis de encontrar, e as traduções que chegam ao mercado são de chorar de tão ruins.
- Andorinhas africanas sabem mais sobre diagramação e layout que os editores brasileiros.
propõe-se que
- Editoras gráficas brasileiras reeditem livros estrangeiros, sob licença e usando as matrizes originais das edições estrangeiras, sem tradução ou rediagramação. Um novo filão editorial será descoberto, as editoras estrangeiras ganharão os habitués de fotocópias que não conseguem comprar a edição original, e a priori o mercado de traduções não deveria ser muito afetado. Estou certo de que há muitos livros sem demanda o suficiente para bancar o processo de tradução e reedição, mas que gerariam lucro numa reimpressão autorizada, saindo tudo mais barato para todos.
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